segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Latimpoli dos Santos


A sombra esculpida na parede
Que reflecte a alma perdida
Da voz trazida pelo vento
Que escreve o sentimento isento
Do sopro feroz que anúncia
O desfalecer que pronúcia
A morte do poeta
Zelado pela palavra cavada e concreta.

Faz vento que amansou o Ocidente,
Das velas que se altearam
Da proa do Oriente
Fazem-se sonhos que gritaram.
Desceu a cortina do Poente,
Naufragada na história findaram
As lutas de Oriente a Ocidente
Escritas na alma luzente.


Poesias Inéditas


Pronúnciei as palavras que senti,
No amâgo sentido do ser
Do equilibrio com que me premiti
Viver na consciência do querer,
Espandido pelos poemas que fiz
Nas frases que escrevi a correr
Como pedaços de mim de aprendiz,
Fiz sonetos com que me cobri.

Jaz na aurora seguinte,
Fez-se luz do Sol anunciado
Que me cobriu da alma um pedinte
Que se havia proclamado.
Fundiu-se a chama da vida,
Do abraço estimulado
Num sentimento contraido na alma crivado.

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