segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Latimpoli dos Santos


Percorre na minha alma
O vão incerto desejo,
De fundir o amor que vejo
Na luz da intensa chama.

Em ti tomaste
As importadas horas,
De que fui preso e denunciaste,
O amor que por ti sinto agora.

No longínquo olhar me tornaste,
Por detrás das paredes frias,
O silêncio acarretaste
Na mágoa que fingias.



Poesias Inéditas


Alambicasse eu todo o universo;
Real do meu estado controverso.
De entendimentos vazados,
Na alma imperados.

Tivesse eu a força de converter,
Toda a realidade pautada,
Nas linhas das mãos cruzada
Como forma de parecer.

Fosse eu a esperança contida,
Da voz de mim reconhecida
Da chama conduzida,
No vivente aprumada.



Latimpoli dos Santos


O amor é a loucura,
Do sentimento colorido,
Na eterna abertura
Do olhar corrosivo.

É um sentimento luzente,
De sensação de devaneio,
É a estirpe que adoça a mente
Numa turbulenta ideia.

O afanado doce e calmo gesto,
Trazido no seio do ventre,
Corre isento e veste
O amor perdido e crente.




Poesias Inéditas


Na hora imperial da luz golpeante,
Onde todo o reino se edifica,
Por detrás do olhar se reflicta
A palavra julgada e galopante.

Exacerbado prazer de deslumbramento,
Alvejado no olhar dissolvido
Apazigua dor provido
No incerto descontentamento

Segredo de sentimentos apoiada
Onde habitam os pensamentos perdidos,
Ataúde dela lacrada
De instantes distraídos.



Latimpoli dos Santos


Amo a realidade que esculpo
Cavada do pensamento,
Escrita em verso de vulto
Da verdade do sentimento.

Cúmplice manhã de frias palavras
Cortejadas pelos ventos outonais
Despidas árvores amargas
Do som dos vendavais.

Delineada dor que cortejo,
Naufragada nas mãos
Do profundo amor que invejo,
No encoberto ser da razão.

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