domingo, 1 de março de 2009

terça-feira, 23 de dezembro de 2008

Mãe!

Mãe! Embala-me o sono para adormecer,
As palavras brincam com os pensamentos,
Que me trazem aurora a correr,
Fluem em mim como tormentos
Que me fazem padecer.
Mãe! Carrego em mim o sufoco respirado,
Que transporto diariamente,
Como se o diabo me tivesse agarrado!
Exprimo na minha face o descontentamento.

Para ti, quem me ouve.

Teu coração ainda pequenino,
cheio de sentimentos de amor
numa espontaneidade de menino
emoções que transbordas de flor em flor,
Desabrochaste na luz do teu berrar,
como um sinal que deste,
o Universo ouviu-te falar
da viagem que fizeste.

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Latimpoli dos Santos


Passeias devagar sem nada,
Ao relento da paisagem
Esbotenada na ampla
Visão de uma triagem.
Corres sobre a beira do monte,
Esbanjada de um sentimento sublime,
A luz espelhada na fonte,
Reflecte a imagem do horizonte.

Perpétua musicalidade,
Que corrompe os teus ouvidos
Em sons tão bem definidos,
Na hora da eternidade.
Criação de ensejos permitidos,
Em fecundas emoções de raridades,
Nos olhares profundos contraidos
De verdades enrubescidos.


Poesias Inéditas


Cito Pessoa o conveniente,
Que faz das suas palavras o induvidável…
…Versos que trago na mente,
Orações do inquestionável.
Jaz o tempo em que criou,
A mensagem impremutável,
Que a Deus procriou
A razão que em si findou.

Felício o canto que se fez soar,
No vento que o embalou,
Pairado no pranto de encantar,
No sorriso da alma se prosperou.


Latimpoli dos Santos


Ruinas do velho mundo,
Poisado nos olhares do rebento
Profundo da voz que há proclamado,
No silêncio da tarde do fomento.
Desceu sobre ela o pano anunciado,
Que cobriu o Sol de tormento
Latimpoli dos Santos


A sombra esculpida na parede
Que reflecte a alma perdida
Da voz trazida pelo vento
Que escreve o sentimento isento
Do sopro feroz que anúncia
O desfalecer que pronúcia
A morte do poeta
Zelado pela palavra cavada e concreta.

Faz vento que amansou o Ocidente,
Das velas que se altearam
Da proa do Oriente
Fazem-se sonhos que gritaram.
Desceu a cortina do Poente,
Naufragada na história findaram
As lutas de Oriente a Ocidente
Escritas na alma luzente.


Poesias Inéditas


Pronúnciei as palavras que senti,
No amâgo sentido do ser
Do equilibrio com que me premiti
Viver na consciência do querer,
Espandido pelos poemas que fiz
Nas frases que escrevi a correr
Como pedaços de mim de aprendiz,
Fiz sonetos com que me cobri.

Jaz na aurora seguinte,
Fez-se luz do Sol anunciado
Que me cobriu da alma um pedinte
Que se havia proclamado.
Fundiu-se a chama da vida,
Do abraço estimulado
Num sentimento contraido na alma crivado.
Latimpoli dos Santos

IX

Na aspiração do entendimento
Circundam as chagas
Do chamamento da ante
Visão das almas e das tramas.
Do embalo da vida
Prometida da ocultada
Dor trazida no seio
Da alma embalada.

Intensa, a luz que brilha,
Na opaca e cinzenta melodia;
Os olhos nela se reflecte
Da emoção que vai na alma inerte.
Ternura de caricias leves,
Num sentimento profundo,
Onde habitas tu e descreves
A mágoa fingida do mundo.


Poesias Inéditas


Imersa, pálida e funesca aurora,
De cantos ingremes afamada,
Que trás na hora calada,
A noite submersa de outrora.
A rosa que aflorou descarada,
Cheia de brilho namora
As mãos que agarraram corada,
Choraram a pétala desabrochada.

Fiz dos sonhos as preces dos meus ouvidos,
Carregado de mundos fecundos
Feito de caminhos divididos
Nas entraves do ser profundo.
Vivi na ansiedade da alma,
Feita de sorrisos abertos
Da chama que induzia a calma
No estado sentido de palma.
Latimpoli dos Santos


O apócaliptico sentido de
Ter tido comigo o desejo escondido
Do cortejo perferido, da
Dor que amansarda a alma
Com a destreza da calma de ter
Trazido na esperança
O olhar que alcança
Do horizonte pretendido.

Da força contida de apazigua
Ferida, sentida no seio contraida,
Pela razão ocultada e
Permitida, da não partilha por quêm
Importa a ofuscada sensação de se
Permitir sentir a dor que há-de afligir
A reacção da emoção comprimida


Poesias Inéditas


Extraio de mim
O silêncio para o mundo,
No sucumbir das palavras
Do profundo desgosto afim.
Arrependido estou do silêncio
Acatado, no infesto coração
De fundo sentimento promulgado,
Na hora tardia de fingimento.

Hora perdida na adormecida exaustão,
Do estar inquieto no mundo
No sonegado amor profundo,
Saido das minhas mãos.
Prevalecido grito do Universo
Que ecoo-a de controverso,
Na razão do pensamento
Do ensoberbimento ser.




Dentro da fusão contraida